quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Últimos Sábados Resistentes do ano
SÁBADOS RESISTENTES
Memorial da Resistência de São Paulo – Largo General Osório, 66 – Luz
DEBATE: “OS MILITARES NA RESISTÊNCIA À DITADURA”
28 de novembro de 2009, no Auditório Vitae – 14 horas
Coordenador: Raphael Martinelli (Presidente do Fórum de Ex-Presos e Perseguidos Políticos)
José Araújo da Nóbrega (Ex- sargento do exercito e companheiro de Carlos Lamarca no quartel de Quitaúna)
Lançamento do livro
“Pedro e os lobos, os anos de chumbo na trajetória de um guerrilheiro”
de autoria de João Roberto Laque
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HOMENAGEM A EDUARDO LEITE
05 de dezembro de 2009, no Café – 14 horas
Ato Político-Cultural em Homenagem a Eduardo Leite (Comandante Bacuri) por ocasião do 39º aniversário de seu assassinato.
O Sábado Resistente é promovido pelo Núcleo de Preservação da Memória Política do Fórum dos Ex-Presos e Perseguidos Políticos de São Paulo e pelo Memorial da Resistência de São Paulo. É o espaço de discussão entre companheiros combatentes de ontem e de hoje, pesquisadores, estudantes e interessados para o debate sobre temas ligados às lutas contra a repressão, em especial à resistência ao regime militar, implantado com o golpe de Estado de 1964. Nossa preocupação é estimular a discussão e o aprofundamento dos conceitos de Liberdade, Igualdade e Democracia, fundamentais ao Ser Humano em busca de sua libertação.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Filha da Anistia
sábado, 26 de setembro de 2009
Memorial da Resistência
Acompanhem os eventos do Memorial da Resistência no mês de outubro:
- Dia 03: Sábado Resistente – “40 anos da ação da captura do embaixador americano”
- Dia 23: Seminário “Lugares da Repressão e Memoriais da Resistência: a experiência alemã”
Não deixem de visitar o museu!
domingo, 30 de agosto de 2009
Filha da Anistia ganha prêmio da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo
sábado, 13 de junho de 2009
Para que não se esqueça. Para que nunca mais aconteça.
Antígona julgava que não haveria suplício maior do que aquele: ver os dois irmãos matarem um ao outro. Mas enganava-se. Um garrote de dor estrangulou seu peito já ferido ao ouvir do novo soberano, Creonte, que apenas um deles, Etéocles, seria enterrado com honras, enquanto Polinice deveria ficar onde caiu, para servir de banquete aos abutres. Desafiando a ordem real, quebrou as unhas e rasgou a pele dos dedos cavando a terra com as próprias mãos. Depois de sepultar o corpo, suspirou. A alma daquele que amara não seria mais obrigada a vagar impenitente durante um século às margens do Rio dos Mortos.
Jogar luz no período de sombras e abrir todas as informações sobre violações de Direitos Humanos ocorridas no último ciclo ditatorial são imperativos urgentes de uma nação que reivindica, com legitimidade, novo status no cenário internacional e nos mecanismos dirigentes da ONU.
Filha da Anistia tem como objetivo contribuir para que o Brasil avance na consolidação do respeito aos Direitos Humanos, sem medo de conhecer a sua história recente. A violência, que ainda hoje assusta o País como ameaça ao impulso de crescimento e de inclusão social em curso deita raízes em nosso passado escravista e paga tributo às duas ditaduras do século 20.
Nenhum espírito de revanchismo ou nostalgia do passado será capaz de seduzir o espírito nacional, assim como o silêncio e a omissão funcionarão, na prática, como barreira para a superação de um passado que ninguém quer de volta.
O Projeto
Filha da anistia é um projeto teatral que nasce da inquietação de compreender o mundo em que vivemos, onde as vítimas não são exceções, são a imensa maioria e como tal devem ser tratadas. E, apesar disso, são ignoradas, são condenadas a irrealidade, tendo ao seu redor o silêncio e a insensibilidade. Nem se tem conhecimento de sua existência. O que despoja as vítimas é o silêncio.
Após mergulhar nas memórias de histórias de pessoas que viveram e militaram na resistência à ditadura brasileira, nos mecanismos escassos de acesso a essas trajetórias de vida e luta política e estudar a relação da sociedade contemporânea com esse período, focados na perspectiva do desenvolvimento educacional em Direitos Humanos e História Brasileira, nos deparamos com uma necessidade urgente de contribuir de alguma maneira para a compreensão desse período.
Aproveitando a chegada do 30º aniversário da Lei da Anistia, pretendemos convocar à reflexão principalmente as gerações pós ditadura brasileira, no que tange à apropriação histórica dos processos de formação da sociedade democrática brasileira em que vivemos atualmente.
A montagem mergulha na memória de um personagem que viveu e militou durante os anos de chumbo no Brasil, e que agora, precisa revelar todo esse passado, e suas mais drásticas conseqüências, para sua sobrinha, fruto de uma geração apática, despolitizada e que desconhece a história brasileira. Utilizando-se também de fragmentos de textos das tragédias gregas como Hécuba, Medéia e Ifigênia em Áulis de Eurípedes; Electra e Antígona de Sófocles, queremos propor a transposição de valores éticos e morais da construção do pensamento humanista, instigando no espectador uma reflexão sobre o tema.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Que venham à luz todos os filhos da Anistia...
"Pode-se ponderar no desespero? É justo negligenciar os mortos? Entre que homens se procede assim? Nunca me louvem essas criaturas! Nem possa eu jamais ter qualquer bem ou deles desfrutar tranquilamente se de meus tristes ais fechar as asas por omitir-me no culto a meu pai! Se quem é morto criminosamente jaz transformado em pó e nada mais e não há punição para quem mata, então a dignidade e a reverência não mais existirão entre os mortais!"
Electra (232-244)